
Olá! No meu segundo dia em Sevilha saí cedo pela manhã do meu hotel no bairro de Santa Cruz, e aproveitei para deambular um pouco pelas suas ruas antes de visitar a Casa de Pilatos.

O bairro de Santa Cruz, em pleno centro histórico de Sevilha, mesmo ao lado da Catedral e do Real Álcazar, é considerado o bairro mais típico e popular desta cidade. Antigamente era um bairro judeu, e ainda se encontram por aqui alguns vestígios daquela época.

Nas suas ruas pequenas, labirínticas e frescas, onde não entra um único raio de sol, encontram-se casas com pátios maravilhosamente decorados com flores durante todo o ano.

Além disso, entre as suas ruas podem encontrar pequenas praças carismáticas, como por exemplo a praça de Santa Cruz.

A Casa de Pilatos, que nada tem a ver com Pilatos, que condenou Jesus à morte na cruz, é um pequeno palácio no centro de Sevilha.

Este palácio é o protótipo de um palácio da Andaluzia, pertence à casa Medinaceli ( foi residência dos duques de Medinaceli) e combina o estilo renascentista italiano com o estilo mudéjar espanhol, uma vez que desde a sua construção no ano 1483 sofreu várias reformas e ampliações, que duraram vários anos.

O acesso ao palácio faz-se através de um belíssimo portão de mármore, construído em 1529 em Génova.

Entramos, então, no pátio principal. Neste pátio típicamente andaluz e decorado com elementos renascentistas, ao centro encontra-se uma fonte com um busto com duas caras em sentidos opostos do Deus Jano e na diagonal 2 estátuas da deusa Palas Atena. Na galeria dos arcos, por detrás das 24 colunas de mármore, encontram ainda 24 bustos de imperadores romanos e espanhóis.

Existem dois tipos de visita à casa de Pilatos, uma apenas ao andar de baixo, com acesso ao pátio principal e aos jardins, e outra com acesso adicional ao andar superior. Uma vez que a diferença de preço entre estes dois tipos de visita é de apenas 2 euros, optei pela visita completa. E valeu a pena! A coleção de arte no andar de cima é fantástica!

Almocei num restaurante de tapas em frente ao Pátio de los Naranjos da catedral de Sevilha, já bem afastado da casa de Pilatos. Aliás, nesta zona encontram imensos espaços para comer. Comi bem, mas caro! De todo modo, não faltam opções, umas melhores que outras, é claro.

Depois, segui pela rua Hernando Colón, em direção à zona comercial, a Calle de Sierpes.

Passeei por aqui um pouco, visitei algumas lojas e aproveitei para tirar algumas fotografias.


Voltei então para trás, de volta à catedral, para acercar-me da famosa praça de Espanha, que ainda não tinha visitado.

Pelo caminho parei ainda no Hard Rock Café, para tomar uma bebida, e visitar a sua lojinha. Sou fã! (Basicamente colecciono tshirts do Hard Rock dos locais que visito).

O Hard Rock fica mesmo em frente ao hotel Alfonso XIII, o mais chique de toda Sevilha, e ali ao lado ficam os Jardines del Murillo, que aproveitei para visitar.

Os Jardines del Murillo antigamente pertenciam ao recinto do Real Alcázar, sendo conhecidos como la Huerta del Retiro. Em 1862, com a realização da Feira de Sevilha, parte do terreno foi cedido ao Ayuntamiento de Sevilha.

Mais tarde, em 1911, o Rei Alfonso XIII cedeu a restante parte dos jardins à cidade e mandou construir um muro, como podem ver na fotografia, que os separa do Real Alcázar. Em 1915 Juan Talavera fez o desenho dos jardins tal e qual são agora.

Saindo dos jardins, ao caminhar pela Avenida del Cid, encontramos o Consulado de Portugal.

Finalmente chegamos à famosa praça de Espanha, em pleno Parque de Maria Luísa. Foi uma longa caminhada até cá chegar, e as expectativas eram muitas! Não desiludiu!

A Praça de Espanha é o ex-libris da cidade, o seu cartão de visita. Aqui já se realizaram várias produções como o Star Wars e shows televisivos como o Masterchef.

Foi construída como epicentro da Exposição Ibero-americana de 1929. E, foi projectada pelo arquiteto Aníbal González, o principal arquiteto desta exposição e referência principal da arquitetura regionalista sevilhana.

Esta praça tem 170 metros de diâmetro, com edifícios apalaciados ao seu redor e duas torres em ambos extremos de 74 metros de altura em estilo barroco, um canal de 515 metros de comprimento onde se pode disfrutar de um romântico passeio de barco, quatro pontes que o atravessam, em representação dos quatro antigos reinos de Espanha ( Navarra, Leão, Castela e Aragão), e muito mais …

Ao centro encontra-se uma fonte da autoria de Vicente Traver, que foi muito criticada por alguns, ao dizerem que rompia com a ideia de semicírculo vazio. Pessoalmente, acho que fica bonita.

Ao redor de todo este semicírculo encontramos 48 bancos de cerâmica, com azulejos que representam as várias províncias de Espanha. Difícil é tirar uma fotografia, pois infelizmente muitos aproveitam para merendar e tomar banhos de sol nestes bancos, com toda a sua família! 🤷🏻♀️

Que vos parece esta cidade? Estão a gostar de “visitar” comigo Sevilha? É uma cidade maravilhosa, verdade?

Continua …
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Uau… Imagens lindas! Gostava de lá ir hihih
E um look também muito giro 😉
Abraço, Daniela – quotidianices
Muito obrigada Daniela. Ainda tenho muito mais para mostrar! 😃